“No vai e vem das paixões, dos relacionamentos,
o que fica é a liberdade de se sentir o que se quer e com quem se quiser!”
Não. Essa frase não é minha. Pertence à minha querida Mara, que encerrou brilhantemente um post seu desta forma. Eu, que só o li ontem, ao final da tarde, pensei imediatamente em escrever sobre o assunto. Mas desisti. Como não gosto de teorizar aqui, prefiro aguardar as boas histórias. E, graças a mim e aos diabinhos reais e imaginários que me acompanham, elas acontencem sempre. O texto abaixo (que não é ficção) figura bem o que penso sobre a dualidade no sexo e a liberdade de sentir, tão bem formulada na frase da Mara.
O sexo, para mim, é dual. Em todos os sentidos, gostos e pessoas envolvidas nessa dualidade.
Também é amor. E aqui também há dualidade. Há o amor dos amorosos, dos que se amam, no sentido mais comum e romântico da palavra. E, há também o amor dos amantes. Daqueles que se amam - ainda que por instantes - no auge do desejo. Duas formas diferentes de amar. Não ignoro e nem elimino da minha vida nenhuma delas.
Sei que o tema é polémico. Não estou aqui a fazer campanha pelo meu modo de pensar. Respeito todas as formas (dos pervertidos aos secantes), desde que a pessoa se sinta bem com a sua escolha. Assim como eu. Essa é a minha forma. Só isso.
NOTA DE ESCLARECIMENTO (o texto abaixo precisa!)
A fidelidade nunca fez parte do jogo de palavras que compõem os meus relacionamentos. Outras combinam melhor (amor, cumplicidade, companheirismo, humor, desejo, sensibilidade, compreensão, parceria…). Fidelidade não, lealdade sim. Depois do meu “quase casamento“, há sempre um diálogo muito franco sobre os meus desejos e os dos meus parceiros, e a possibilidade de os concretizar (com a participação ou não de ambos).
Há dois anos (quase o mesmo tempo do meu actual relacionamento) que não surgia ninguém que me despertasse qualquer vontade para avançar. Como, para mim, o sexo vai além de um simples orgasmo (isso obtenho com muito sucesso, sozinha...), passei pelo estranho e atípico período de monogamia… Passei. Passado.
Recentemente, um rapazito chamou a minha atenção. Na verdade, antes dele inteiro, a boca e as suas idéias - a sua forma de ver e reagir à vida…. Eu e essa terrível mania de ter tusa por cérebros!... O facto é que ele ocupa os meus pensamentos em algumas manhãs, tardes e noites.
o que fica é a liberdade de se sentir o que se quer e com quem se quiser!”
Não. Essa frase não é minha. Pertence à minha querida Mara, que encerrou brilhantemente um post seu desta forma. Eu, que só o li ontem, ao final da tarde, pensei imediatamente em escrever sobre o assunto. Mas desisti. Como não gosto de teorizar aqui, prefiro aguardar as boas histórias. E, graças a mim e aos diabinhos reais e imaginários que me acompanham, elas acontencem sempre. O texto abaixo (que não é ficção) figura bem o que penso sobre a dualidade no sexo e a liberdade de sentir, tão bem formulada na frase da Mara.
O sexo, para mim, é dual. Em todos os sentidos, gostos e pessoas envolvidas nessa dualidade.
Também é amor. E aqui também há dualidade. Há o amor dos amorosos, dos que se amam, no sentido mais comum e romântico da palavra. E, há também o amor dos amantes. Daqueles que se amam - ainda que por instantes - no auge do desejo. Duas formas diferentes de amar. Não ignoro e nem elimino da minha vida nenhuma delas.
Sei que o tema é polémico. Não estou aqui a fazer campanha pelo meu modo de pensar. Respeito todas as formas (dos pervertidos aos secantes), desde que a pessoa se sinta bem com a sua escolha. Assim como eu. Essa é a minha forma. Só isso.
NOTA DE ESCLARECIMENTO (o texto abaixo precisa!)
A fidelidade nunca fez parte do jogo de palavras que compõem os meus relacionamentos. Outras combinam melhor (amor, cumplicidade, companheirismo, humor, desejo, sensibilidade, compreensão, parceria…). Fidelidade não, lealdade sim. Depois do meu “quase casamento“, há sempre um diálogo muito franco sobre os meus desejos e os dos meus parceiros, e a possibilidade de os concretizar (com a participação ou não de ambos).
Há dois anos (quase o mesmo tempo do meu actual relacionamento) que não surgia ninguém que me despertasse qualquer vontade para avançar. Como, para mim, o sexo vai além de um simples orgasmo (isso obtenho com muito sucesso, sozinha...), passei pelo estranho e atípico período de monogamia… Passei. Passado.
Recentemente, um rapazito chamou a minha atenção. Na verdade, antes dele inteiro, a boca e as suas idéias - a sua forma de ver e reagir à vida…. Eu e essa terrível mania de ter tusa por cérebros!... O facto é que ele ocupa os meus pensamentos em algumas manhãs, tardes e noites.
Terça-feira, 8 de Julho de 2008.
O trabalho foi ignorado - às 15h30 - desde que, num vestígio trapaceiro da memória, me lembrei da boca do rapazito, que brincou no meu corpo há poucos dias. Depois de tentativas frustradas de a esquecer, fui para o meu sofá e rendi-me à memória.
Pouco. Precisava de mais. Às 22h00 abri o espanhol Diego de Almagro, de uma colheita menos boa, ainda herança do Natal. Já à frente do monitor e de uma página do word, fiz uma tentativa frustrada de recuperar o tempo que me foi roubado à tarde, taça do lado esquerdo do computador, garrafa do lado direito. Em busca da palavra ideal para dar sequência a um texto, os meus olhos foram de encontro à descrição do vinho, na garrafa: Vinho Tinto Seco, elaborado com uvas de variedade Tempranillo, de cor vermelha com tons rubi brilhantes. Boa intensidade aromática de caráter frutal. Paladar marcante e equilibrado.
Cor vermelha, tons rubi brilhantes, boa intensidade, aromas, paladar marcante e equilibrado.
Meia garrafa depois, ouvindo Led Zeppelin, estas palavras fizeram uma festa no meu pensamento. Essa seria uma boa descrição para a noite, se o “rapazito” estivesse por perto. Paralisia novamente. Trabalho esquecido pela segunda vez.
22h22, e envio um e-mail:
Assunto: Vontade…
Mensagem: …de te comer inteiro hj.
22h44, resposta:
Vê só o que é a sintonia! 22 minutos depois estou no msn e no hotmail e estou com a mesma vontade. Muita aliás. Só é pena não estares on.
- Agora estou on.
- Eu imaginei que estarias.
- Queria comer-te. Estou doida por ti hoje.
- Eu também estou com tesão.
- Queria-te agora como na outra noite. Queria a tua boca na minha, a tua língua pelo meu corpo; Lembras-te daquela noite?
- Lógico que lembro. Uma delícia.
- Pensei em ti a tarde toda….. ou melhor, em ti não, no teu pau.
- Foi?
- Foi. Quero-te... mas sem namoricos. Entendes? Não quero namorar contigo. Já tenho namorado. Quero usar-te…. lol… Deixas-me usar-te?
- Eu adoraria ser usado…..lol…
- Deixas-me chupar-te quando tiver vontade? Como quase fiz naquele dia, naquele café?
- Naquele dia não houve tempo para nada. Nem para o café.
- Não, mas foi melhor assim. Deixas-me ser a tua puta? Quero ser a tua puta.
- Vou adorar ter a minha putinha particular.
- Vais fazer o que quiseres? O que tiveres vontade? Vais-me tratar como tua puta?
- Vou.
- E o que vais fazer mais?
- Vou te comer como deve ser, pôr-te de quatro, agarrar nessa bundinha linda, engolir-te, gozar forte nessa tua carinha angelical….
- É? E vais deixar-me fazer o que eu quiser também?
- Vou…..
- Vou-te oferecer uma amiga de presente. Para comeres as duas.
- Posso comê-la à tua frente?
- Podes.
- Também a queres comer?
- Claro.
- Posso te ligar, deixa-me ligar-te!...
Uma garrafa de vinho depois, muitas delícias ditas, e muitos orgasmos sentidos, um "boa noite" carinhoso, "dorme bem", "vemo-nos em breve”.
Meia garrafa depois, ouvindo Led Zeppelin, estas palavras fizeram uma festa no meu pensamento. Essa seria uma boa descrição para a noite, se o “rapazito” estivesse por perto. Paralisia novamente. Trabalho esquecido pela segunda vez.
22h22, e envio um e-mail:
Assunto: Vontade…
Mensagem: …de te comer inteiro hj.
22h44, resposta:
Vê só o que é a sintonia! 22 minutos depois estou no msn e no hotmail e estou com a mesma vontade. Muita aliás. Só é pena não estares on.
- Agora estou on.
- Eu imaginei que estarias.
- Queria comer-te. Estou doida por ti hoje.
- Eu também estou com tesão.
- Queria-te agora como na outra noite. Queria a tua boca na minha, a tua língua pelo meu corpo; Lembras-te daquela noite?
- Lógico que lembro. Uma delícia.
- Pensei em ti a tarde toda….. ou melhor, em ti não, no teu pau.
- Foi?
- Foi. Quero-te... mas sem namoricos. Entendes? Não quero namorar contigo. Já tenho namorado. Quero usar-te…. lol… Deixas-me usar-te?
- Eu adoraria ser usado…..lol…
- Deixas-me chupar-te quando tiver vontade? Como quase fiz naquele dia, naquele café?
- Naquele dia não houve tempo para nada. Nem para o café.
- Não, mas foi melhor assim. Deixas-me ser a tua puta? Quero ser a tua puta.
- Vou adorar ter a minha putinha particular.
- Vais fazer o que quiseres? O que tiveres vontade? Vais-me tratar como tua puta?
- Vou.
- E o que vais fazer mais?
- Vou te comer como deve ser, pôr-te de quatro, agarrar nessa bundinha linda, engolir-te, gozar forte nessa tua carinha angelical….
- É? E vais deixar-me fazer o que eu quiser também?
- Vou…..
- Vou-te oferecer uma amiga de presente. Para comeres as duas.
- Posso comê-la à tua frente?
- Podes.
- Também a queres comer?
- Claro.
- Posso te ligar, deixa-me ligar-te!...
Uma garrafa de vinho depois, muitas delícias ditas, e muitos orgasmos sentidos, um "boa noite" carinhoso, "dorme bem", "vemo-nos em breve”.
Quarta-feira, 9 de Julho de 2008. 07h50.
Toca o telefone.
- Oi amor, estás acordada?
- Não…… que pergunta! E a maldição concretiza-se novamente… Ligar-me de madrugada!
- Deixa de ser preguiçosa! São quase oito horas da manhã! Não dormiste, foi?
- Dormi muito bem. Estou de ressaca. Bebi uma garrafa de vinho da treta e diverti-me sozinha, já que tu não estavas aqui. Azar o teu. Agora estás aí, com a disposição dos que não bebem, não fumam e não trucam. Isso até devia ser proibido!
- Sei, com quantos “príncipes encantados” te divertiste ontem?
- Com vários. Não te conto por que te causaria uma inveja tremenda. Queres mesmo saber? Olha que eu conto! Adorava contar-te as minhas safadezas noturnas.
- Vou dispensar o conhecimento e ficar na ignorância das tuas orgias independentes. Prefiro as nossas.
- Não enjoas, tu? Depois de quase dois anos?
- Vais ver do que enjoei….. Fica ai, vou ligar-te para o móvel. Não desligues o fixo!!!!
- Tás louco? Eu é que bebo e tu é que ficas com a torta? Para quê dois telefones?
- Cala a boquinha, cala…. Atende o telemóvel.
- Ok. Até pareço um teletubbie com as orelhas grandes, com os dois telefones.
- Tás a oubir os dois?
- Estou…..
- Fica ai… vou pôr uma música para ouvires.
- E demoras muito? Vou buscar um café….
- Já tens a porcaria do café? Isso ainda vai te matar!
- O café não me mata…. Preciso dele para começar a pensar……
- Quieta. Quero comer-te ao som de Chopin.
- Chopin? Que sintonia…..
- Da música?
- Não. Do sexo à distância, por telefone.
- Porquê, tens feito muito?
- Não, só ontem. Queres ouvir….!!!???
- Não. Sabes tratar bem das tuas carências. Agora trata das minhas. Puxa a cuequinha para o lado, puxa. Faz o que eu mando.
Uma chávena de café depois, muitas delícias ditas, muitos orgasmos sentidos, um “bom dia” amoroso, e “vemo-nos amanhã”.
Nesta dualidade - de intenções, de amores e de prazer - a melhor definição de sexo e amor, para mim, está numa frase de Simone de Beauvoir, que este ano completa o centenário de seu nascimento.
" Ser livre é querer a liberdade dos outros ."
Esta é a minha visão do sexo. Leal, respeitosa e com amor (em suas diferentes formas).
Pronto…. Podem chicotear-me nos comentários…